25 setembro 2015

A encruzilhada da Frelimo e de Nyusi: entre dominação e direcção [18]

Quanto mais os gestores de um Estado investirem nos aparelhos repressivos e na repressão, mais alta será a composição orgânica da política e menor a taxa de lucro político, quer dizer, menor a legitimidade.
Décimo oitavo número da série. Sempre com hipóteses, prossigo no quarto ponto sugerido aqui, a saber: 4. Desafios políticos do heteropensamento. Escrevi no número anterior que o nosso país herdou vários tipos de violência e de medo. Essa herança, hoje reactualizada através dos meandros castrenses, perturba o heteropensamento descomplexado e severiza os aparelhos repressivos do Estado, com múltiplas consequências para o Moçambique jovem que, em vários sectores, aprende a treinar-se, a vários níveis, na democracia liberal. Na verdade, Moçambique tem de fazer face a um fenómeno único e antigo: a existência de um exército privado, cujo comando partidário disputa ao Estado o "monopólio do uso legítimo da força física", para usar os termos de Max Weber [recorde aqui].
Nota: como tem sido meu hábito neste diário desde 2006, a qualquer momento posso modificar partes da série.
Adenda: leia uma notícia e veja um vídeo neste portal aqui.

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