27 outubro 2009

(66) 27/10/09




Confira o Boletim sobre o Processo Político em Moçambique (22), de 27 de Outubro de 2009, de tarde, na íntegra aqui.
Pedido: leitores têm escrito dizendo em quem vão votar. Peço-vos que guardem para vós em quem vão votar amanhã. Obrigado pela compreensão.
Adenda às 15:37: em artigo de opinião publicado em caixa no "Notícias" online de hoje com o título "A linha verde do CIP/AWEPA (1)", o jornalista Gustavo Mavie, director-geral da Agência de Informação de Moçambique, põe em causa a credibilidade de denúncia de ilegalidades no processo eleitoral feita através de uma linha que diz ter sido aberta pelo Centro de Integridade Pública e pela AWEPA. Duvida que seja possível de forma honesta reverificar todas as denúncias (afirma serem mais de 500 em 45 dias, citando uma fonte não identificada) por duas razões: primeiro, porque há jornalistas mercenários - hooligans políticos (sic, "dado adquirido", assegura Mavie) - que forjam notícias a troco de dinheiro, fazendo isto "pensar e acreditar" (sic) o autor do artigo que o mesmo tipo de gente possa fazer parte dos correspondentes populares do CIP/AWEPA; segundo, porque "a experiência já mostrou e comprovou que em Moçambique há gente sem escrúpulos, e que não sente remorso em forjar factos que nem no imaginário do diabo existe" (sic), basta lembrar o Parlamento. Por essas duas razões, Gustavo Mavie duvida da seriedade da intenção do CIP/AWEPA. Formulação do eixo do pensamento do autor, segundo a ordem apresentada: a falta de honestidade nos "jornalistas mercenários" em particular e na "gente sem escrúpulos" de Moçambique em geral é de todos conhecida, eu também sei que isso é verdade, portanto os correspondentes populares do CIP/AWEPA estão dentro do todo, logo não são parte aparte, portanto não podemos tomar a sua honestidade como dado adquirido. Assim, com dois argumentos que não prova, Mavie quer fazer acreditar que prova a potencial falta de honestidade dos correspondentes do CIP/AWEPA. Uma petição de princípio exemplar, um argumento circular excelente.
Adenda 2 às 16:20: eleições 2009 do CIP/AWEPA em inglês aqui e em português aqui.
Adenda 3 às 17:06; atenção às falácias, à linguagem apelativa, ao ad populum, ao non sequitur, aos argumentos circulares, às petições de princípio, às homonímias subtis, aos argumentos de autoridade, aos juízos de valor disfarçados, etc. A coisas do género: "toda a gente sabe que...", "eles são sempre assim", "é evidente que...", "portanto, por causa disso...", etc.
Adenda 4 às 18:24: já podeis ler o editorial do "Magazine Independente" desta semana, da autoria de Salomão Moyana, com o título "O voto é livre e secreto", do qual extraí o seguinte: "Portanto, caro cidadão, esqueça a fanfarra da campanha eleitoral, esqueça as camisetes e capulanas coloridas, esqueça a agitação, o barulho, as agressões protagonizadas por determinados vândalos, verificadas na campanha e, caro eleitor, exerça o seu direito cívico de escolher, secreta e livremente, o futuro de Moçambique! Se, ao longo dos 45 dias, foram os políticos os principais oradores, em comícios populares, tempos de antena, entre vários outros pódios, agora é a vez do cidadão usar da palavra, na cabine de voto. É a vez de o cidadão eleitor falar bem alto, seleccionando, de acordo com a sua consciência, aqueles que os achar mais capazes de fazer a diferença na vida dos moçambicanos."

8 comentários:

Viriato Dias disse...

Este Malawi, país que conheço razoavelmente bem, está a passar dos limites. Não passa um mês que Malawi não apronta. Um país que visto de todos os ângulos depende muito de Moçambique do que nós deles, não pára de violar os acordos entre os dois países, alguns de ordem internacional. Alguma coisa está a falhar na cooperação.

Um abraço

Meditabundo disse...

vinganca do Bingo Wa Mutarika com Guebas, sao coisas dos mais velhos, eles sabem o que se passa, a no's cabe apenas assistir ao espectaculo!

Quanto ao Mavie...sinceramente. nao sei se alguem tem duvida de que ele e' um guardiao do Sistema, o que e' eticamente incorrecto, se considerarmo-lo um jornalista (formado aonde nao sei!)...

Anónimo disse...

O PRESIDENTE QUEBUZA NAO FACILITOU A ABERTURA DO CANAL ENTRE MOÇAMBIQUE E MALAWI.
ISSO ABORRECEU AO PRESIDENTE MALAWIANO.
A RECUSA FOI DEVIDO AO ENVOLVIMENTO DA FILHA NO NEGOCIO DO CORREDOR DA BEIRA.
ERA UMA BOA OPURTUNIDADE PARA OS DOIS PAÍSES.

Anónimo disse...

Professor!
nao veijo mal algum em as pessoas expressarem o seu sentido de voto!
é assim em democracia.
eu vou votar...
vamos todos votar em .....
etc etc.
atenciosamente

Reflectindo disse...

Gustavo Mavie a falar de honestidade?!?!?!? Meu Deus! Vejam aqui e aqui

Agora, porquê ele escreve só hoje? Porquê não aproveitou os 45 dias para provar que os mocambicanos não têm escrúpulo e são desonestos? Até posso acreditar que tenha havido um ou dois ou seja alguns que não tenham sido honestos, mas Gustavo Macie estaria excluido desse grupo de desonestos?

Anónimo disse...

amanhã é o centenario do nascimento de Ruio de Noronha (28.10.1909 - 25.12.1945)
é haverà um pouco mais de um quarto da Lua - kénguelékedzé
tsAmb

Tsin Tsi Va disse...

Não estaria o Gustavo Mavie a ver-se ao espelho ?

Anónimo disse...

Gustavo Mavie, é frel e comentador aborrecido.
A juventude quer coisas a Obama!
pragmaticas, visionaria.