27 abril 2006

Dignidade e historicidade

Importa redar aos Moçambicanos (no que eles têm, como outros, de particular e de universal) a sua dignidade e a sua historicidade. O que faz a dignidade dos homens recobre-se, sempre, da historicidade do que são, impregna-se, para lembrar Alain Touraine, do poder de que eles dispõem menos para reproduzirem o que são do que para produzirem o que querem ser, menos para responderem à situa­ção social do que para a pôr em questão, para se assegu­rarem, enfim, de uma história humanizada da moderni­dade, a qual é, afinal, «a história da afirmação crescente da consciên­cia contra a lei do príncipe, do costume, do interesse, da ignorância e do medo»[*].

[*]Touraine, Alain, O retorno do actor, Ensaio sobre a Sociologia. Lisboa: Instituto Piaget, 1996, p.28.

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